Se o imóvel apresenta uma patologia, os sinais são visíveis e demandam atenção para evitar prejuízos extras, como móveis danificados ou até acidentes. O engenheiro civil Rafael Tokuda comenta que um dos principais problemas são as rachaduras nas paredes ou forros de gesso.
Azulejos quebrados e argamassa descolada apontam preocupação com o revestimento, assim como umidade e manchas chamam a atenção para infiltrações. Nesse caso, há o risco à saúde, pois mofo causa problemas respiratórios. A reforma ainda pode ser motivada por falhas na rede elétrica ou hidráulica.
Se o morador não tem dinheiro para custear a obra naquele momento, as linhas de crédito são uma opção, com juros e tempo de pagamento variados. Para descobrir a melhor opção, vale usar o simulador disponível nos sites dos bancos públicos e privados. Outra possibilidade é o FGTS inativo, liberado a partir deste mês de março.
Funcionalidade e estilo
A reforma ganha um "ar" especial quando é feita sem emergência, planejada, para dar "cara" nova a um imóvel, como aconteceu com a cirurgiã dentista Alessandra Depintor. Ela prepara o apartamento que foi dos pais para viver com o futuro marido no Centro de Maringá.
"É um prédio bem antigo, com mais de 20 anos, então tudo é separado: cozinha, sala. Eu abri tudo, deixei um ambiente comum. Troquei piso, azulejo, gesso. Foi realmente uma reforma completa", conta.
A arquiteta Simone Carvalho destaca que quem vai reformar deve estar ciente de que a obra pode sair mais cara do que construir a partir do zero. "É desfazer e fazer de novo", justifica.
Por isso, é preciso buscar um projeto com um profissional e não cair em modismos. Pensar que o resultado irá durar por um longo tempo é fundamental. "O importante é não fazer o que te dizem, mas o que você realmente curte e tem sua cara", ensina.
Momento certo para investir
A indústria da construção civil em Maringá aposta que, até o fim deste ano, o tijolo voltará a ser a "moeda" forte no Brasil. Com a queda da taxa Selic e o aumento do teto do FGTS para compra de imóveis, o momento é bom para investir no mercado imobiliário.
E quem reforma consegue agregar valor, facilitando um futuro negócio.
O diretor de indústria imobiliária do Sindicato da Indústria da Construção Civil da Região Noroeste (Sinduscon-NOR/PR), José Armando Quirino, diz que o setor teve queda durante este período de recessão, mas em Maringá conseguiu se segurar devido ao PIB da cidade fortalecido pelo agronegócio e serviços.
Se o mercado financeiro vinha ganhando investidores, ele aposta em uma guinada. "Com essa queda da Selic, a parte de imóveis vai ser bastante beneficiada porque é um investimento mais seguro. E eu posso dizer que o momento de investir é agora."